'Nenhum país se organiza social e politicamente com o objetivo de praticar a corrupção', diz presidente da AJUFE na abertura do II FONAGE, em São Paulo
Com um discurso forte de enfrentamento à corrupção, o presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, iniciou o II Fórum Nacional de Administração e Gestão Estratégica (FONAGE), que ocorre até sexta-feira (23), no TRF da 3ª Região, em São Paulo.
Depois de agradecer a todos os envolvidos na elaboração do evento, o presidente da Ajufe afirmou que “nenhum país se organiza social e politicamente com o objetivo de praticar a corrupção”. A fala foi acompanhada de uma explanação sobre dados recentes da FIESP que apontam que R$ 65 bilhões são desviados do orçamento brasileiro por causa da corrupção. Já segundo a ONU, são 220 bilhões ao ano.
“Avançar na apuração dos crimes é prestar um serviço ao povo brasileiro, que é vítima desse estado de coisas, com crianças fora da escola, sem merenda escolar, com falta de saneamento e os hospitais sem leitos”, afirmou Roberto Veloso.
Durante o discurso, o presidente da Ajufe ainda declarou que “o limite da investigação deve ser a apuração integral dos crimes. Desejar que a magistratura pare de julgar os casos de corrupção, que o Ministério Público pare de denunciar e a Polícia pare de investigar é o mesmo que desejar que o peixe deixe de nadar e forçar o pássaro a não mais voar”.
O II Fonage, que começou nesta quarta-feira (21), propõe debates entre os magistrados federais para reduzir o congestionamento de processos do Poder Judiciário e acelerar o julgamento deles.
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